Bons dias!
Depois de alguns dias de férias, o blog voltou com tudo! Para começar, vamos a uma atividade obrigatória (atrasada, mas antes tarde do que nunca).
Esta atividade consiste em responder alguns questionamentos da história que vamos dividir em 3 partes, para facilitar o entendimento dos questionamentos:
Parte 1 - Foi publicado na Revista Veja do mês de dezembro de 2010 um anúncio de um modelo de carro “Azera” da marca Hyundai (liiiiiiiiiiiiiiindo, inclusive. Se alguém me vir dirigindo um desses, pode saber que eu ganhei na mega sena) e que um leitor recortou o anúncio.
Parte 2 - Este leitor foi à loja, com o recorte deste anúncio e descobriu que a oferta anunciada não podia mais ser cumprida, logo, ele se dirigiu a um cartório, autenticou a cópia do anúncio da revista e foi ao Procon fazer uma reclamação. O atendente pediu o preenchimento de um documento de reclamação, a cópia do anúncio e uma cópia dos seus documentos pessoais, formando um dossiê.
Parte 3 - Depois de uns anos, um pesquisador sobre a história do marketing no Brasil se depara com o anúncio na revista e quanto está quase finalizando sua tese de doutoramento baseada neste documento, um amigo seu, arquivista, localiza o processo da reclamação, faz algumas cópias e as distribui para o pesquisador, para o orientador dele e para os professores que irão compor a banca avaliadora do doutoramento.
Pois bem, essa história rendeu um bocado e respondendo aos questionamentos, vamos ao que interessa para nossa atividade:
Na parte 1, o produtor do documento é a Revista Veja, já que o anúncio foi produzido pela revista, porém, o leitor a comprou, logo, o recorte da revista dele era DELE (o titular). A forma do documento é original múltipla, pois ainda não era a cópia, porém a revista fez vários dos mesmos anúncios, todos originais. A função deste documento, para a revista, foi a de fazer o anúncio pelo qual recebeu para divulgá-lo, já para o leitor, a função foi comprovar que ele viu o valor anunciado.
Na parte 2 é necessário identificar se a cópia autenticada é diplomaticamente e legalmente aceita e a resposta é sim! O cartório é o órgão responsável por dizer que a cópia é idêntica ao anúncio original, e ao carimbá-la, o atendente do cartório (esqueci o nome) está atestando isso, logo, a cópia é diplomaticamente e legalmente autêntica. Não podemos afirmar que o anúncio continha informações falsas, pois têm aquelas letrinhas beeeeeem pequenininhas que normalmente dizem até quando aquela promoção é válida, o que pode se referir à data de venda ou à quantidade de carros no estoque direcionado a esta promoção. Logo, se o estoque desta promoção já estiver sido esgotado, a promoção não é mais válida, e o preço tabelado, mesmo acima do valor da promoção é o que prevalece.
Na parte 3, depois de tantas cópias, estudos e autenticações já fica tudo confuso (Rs)! Como fica a autenticidade histórica do anúncio? Nós, que estamos acompanhando desde o início, sabemos que o anúncio é verdadeiro, as cópias são idênticas e tudo mais, mas e quanto ao pesquisador? Ele só tem a cópia do dossiê do Procon, que ele toma como verdade, logo, aceita como historicamente autêntico. E quanto ao plano de classificação original, de onde o amigo dele fez as cópias? Parece pegadinha do malandro, mas precisaríamos saber como o órgão Procon funciona, qual é sua missão, etc. Com o pouquíssimo conhecimento sobre este órgão, imagino que este dossiê estaria com outros de reclamação de preços anunciados.
Quem topa dar um nome?